domingo, novembro 19, 2006

Grey sky

I looked to the grey sky and I remembered her. It all came back to me, all those feelings, love, caring, her gentle touch. her warm scent and then all the pain, doubt, despair, grief. All these memories are still fresh in my mind and it´s like a scar that will never fully heal. It started raining. Rain falling down on me was refreshing, washed away those painfull memories and brought me new ones. Memories of someone new, different, fresh, like the rain itself wild, free and untamed, a thought of her eases my paine, her words make me smile, her smile makes everything else around me disapear and her laugh is contagious, so no one seems sad near her. Around her everything seems righter, more peacefull, pain diminishes and makes me feel lighter. She gives me strength to take on the world, she is...

sábado, novembro 11, 2006

I like ice, I like you. Enjoy.

It was dark, it was cold but I had to keep on going. She walked softly behind me, she gave me strenght and made me press on. I felt renewed when she held my hand, her warm, gentle touch made me shiver, but in time it revealed to be insufficient. Cold started taking over me as if death itself was after me. I started giving in and I had to tell her: "Cold is taking over me". She put her arms around me and whispered gently "Put your boots on, we are walking on ice".

quinta-feira, novembro 09, 2006

De manha...

Era manhã, uma igual as outras. Levantei-me, tomei o pequeno-almoço, fumei o meu cigarro e novamente não me apetecia ir trabalhar, mas desta vez a vontade de não ir trabalhar era maior que nos outros dias. Estava sol e pairava no ar um cheiro a flores campestres como se a Primavera tivesse chegado, apesar de ser Inverno. Apetecia-me sair de casa e passear pelo jardim, sentar-me na esplanada à beira-rio a ler o jornal e a beber café, ir para um sítio onde as pessoas sorriem e convivem por conformidade e porque são obrigados a trabalharem uns com os outros era última coisa que me apetecia. Queria respirar um pouco de liberdade e ver a vida passar por uns instantes, parar para ver a vida que existe a minha volta e senti-la girar a minha volta sem que me toca-se. Queria caminhar como se o quotidiano do cidadão comum não me disse-se respeito, passar por tudo e todos como se não fosse algo mais que uma sombra. Queria ser um fantasma à deriva no mundo, ver tudo e todos e encontrar alguém igual a mim, também perdido e sem rumo, alguém que reconhece-se à primeira vista sem proferir-mos uma palavra que fosse. Queria perder-me no tempo, no espaço e nos seus braços, sufocar nos cabelos dela, desaparecer da face do mundo sem que ninguém me procura-se ou senti-se a minha falta, lembrar-se-iam única e exclusivamente que em tempos havia alguém e que agora desapareceu, como ou porquê não interessa porque eles próprios não quereriam saber. Queria passar a eternidade com a cabeça no colo dela, num banco de jardim, ouvindo o som do rio, do vento nas árvores, dos pássaros a cantar, das crianças a correr, sentindo o cheiro da brisa marinha, de castanhas assadas e do perfume dela.
Ela, ela, ela. Quem é ela, quem és tu com quem eu sonho recorrentemente? Nos meus sonhos o teu perfume é quase real, parece que ainda o sinto como naquele dia em que a vontade era menos que nenhuma. Os meus delírios confundem-me, deixam-me perdido, desorientado e ela não é real, apenas o dia-a-dia existe, os sonhos existem numa realidade própria que não a nossa e definitivamente não existe na minha realidade diária e ela não passa precisamente disse: um sonho. Vou-me embora, vou sonhar pode ser que a encontre, pode ser que lhe pergunte porque me atormenta ela nos meus sonhos, porque me persegue ou talvez me deixe ficar na sua companhia até ser manhã e a realidade me arrancar do mundo dela e me trazer de volta ao meu.