Conflitos nocturnos
Deixei de dormir depois de te voltar a ver. A natureza perdeu o seu aroma e deixei de conseguir saborear a comida. Tudo me sabe mal por te voltar a ver, pensei que os sentimentos por ti haviam desaparecido e que tudo tinha voltado a normalidade, mas não, tinhas de voltar e perturbara minha vida novamente apenas com a tua presença. Falámos como se nada se fosse, como se nunca tivesse acontecido nada mas eu não consigo faze-lo. Ainda não, por muito tempo que passe parece que nunca é tempo suficiente. Quando te vejo não sei se a minha vontade é matar-te ou abraçar-te, tenho-te um ódio de morte por aquilo que me fizeste passar e por aquilo que ainda me fazes sentir. Pelo sofrimento que me causaste devias morrer e não deixo de querer proteger-te de tudo e todos. De facto és única, conseguiste sobressair o que há de melhor e pior em mim e com isso conseguiste arranjar o meu inferno pessoal, vai sempre comigo para onde quer que vá especialmente quando te vejo. Como é possível amar-mos alguém pelo qual senti-mos um ódio capaz de matar a natureza a nossa volta e no entanto quando a vemos a única coisa que conseguimos fazer é sorrir quase que como em adoração? Não sei se te agradeça por me dares a conhecer sensações que nunca pensei serem possíveis ou se deva fazer-te desaparecer por isso...